Como tornar o pequeno apartamento de 47 m² espaçoso, confortável e aconchegante? Um dos truques, além de integrar os ambientes, é investir em um mesmo material para pisos e paredes.
Por Cordel de Achados / Fotos Divulgação
Na cidade de Santa Maria, Rio Grande do Sul, uma reforma geral promove mudanças significativas no pequeno apartamento de 47 m². Uma parede foi erguida entre a sala e o closet, que também é home office, e os móveis e eletrodomésticos ficaram embutidos nos perímetros, escondendo vigas aparentes do teto e instalação elétrica sob um forro de gesso contínuo.
Mas umas melhores “sacadas” foi investir no mesmo acabamento vinílico – que imita madeira – tanto no piso quanto em uma das paredes do espaço social revestida de painéis. A solução deixou o espaço mais integrado, embora as áreas sejam bem demarcadas.
Segundo os arquitetos Andrya Kohlmann, da design.concept, e Rafael Lorentz, da BÁ, Boa Arquitetura, o conforto era um itens fundamental para a proprietária, uma empresária paulista que usa o apartamento nos finais de semana. “Ela queria um layout melhor aproveitado, moderno, chique, mas com o melhor custo x benefício”, conta Andrya. A dupla de profissionais investiu em materiais diferenciados e duráveis para prolongar o tempo do imóvel.
Para dividir, uma cabeceira
No loft, já que paredes e divisórias altas foram descartadas pelos arquitetos, a saída criativa foi investir em uma cabeceira baixa com 2,70 m² de comprimento. Feita com chapa de MDF na tonalidade amêndola rústica, ela divide quarto e living, sendo pano fundo para o sofá, a cama e os criados-mudos. Painel e piso ostentam tonalidades próximas e aspecto de madeira natural.
A tonalidade próxima cria um padrão de acabamento e uma amplitude no apartamento. A cozinha, integrada a esse ambiente tem a superfície acima da bancada revestida com porcelanato Mix Blue, da Portobelo. Ele imita o ladrilho hidráulico e se repete no banheiro.
Luxo com economia
Com 3,5 m², o banheiro destaca-se pelo móvel de marcenaria azul com pintura exclusiva de laca autobrilho. O tampo, de Silestone Marina Estelar, é de material importado. Ambas as soluções apresentam custo elevado, por isso, para compensar o valor dos dois produtos, a arquiteta escolheu uma cuba básica e preservou o piso e os azulejos antigos do espaço. Apenas a área da bancada recebeu o mesmo revestimento usado na cozinha.
Pequeno apartamento ganha forro de gesso
Uma das premissas de uma boa morada é ter um ambiente iluminado e com boa ventilação. O pequeno apartamento pecava nesse quesito. Havia apenas duas janelas e o teto, sem forro, era dividido por vigas aparentes. A reforma contemplou um forro de gesso contínuo e foi descartada qualquer solução que deixasse a impressão de um ambiente menor, como paredes e móveis até o teto.
No novo forro foram instaladas luminárias embutidas recuadas e direcionáveis com lâmpadas PAR 20. Aliás, todas as lâmpadas utilizadas são de LED. Desde os trilhos com spots na parede da entrada, usados para valorizar os quadros da minigaleria de arte, até a fita que envolve o pilar na área de leitura. Um outro ponto a favor na reforma é o fato de a coluna ser assumida e destacada, tornando-se um elemento útil e decorativo, sem atrapalhar o layout.
Iluminação LED: economia
A vantagem de escolher esse tipo de iluminação passa, mais uma vez, pelo custo x benefício. LED é sinônimo de economia e durabilidade a longo prazo. Embora o sistema instalado tenha custado R$ 2 mil – um pouco acima da média -, esse valor logo será recuperado, a médio prazo, com a redução na conta de energia elétrica e a diminuição na troca de lâmpadas.
Quem fez o quê?
Projeto: AndryaKohlmann – design.concept e Rafael Lorentz, Bá – Boa arquitetura
Piso: Durafloor
Eletrodomésticos: Lojas Colombo
Iluminação: Ilumine
Marcenaria: Móveis DallaCorte/ tel.: (55) 3268-1215
Móveis soltos: Abitare
Painéis: Duratex
Piso vinílico: Costaneira
Revestimento cerâmico: Portobello
Tampos em Silestone: Marmogran